QUANDO O ABSURDO TORNA-SE ABSURDO: O RINOCERONTE, O FASCISMO E A SOCIEDADE DE MASSA
Resumo
O trabalho tem como objetivo a análise, através da construção das personagens por meio dos diálogos, da construção de sociedade de massa decorrente do sentimento de vazio da modernidade presente na obra teatral O Rinoceronte, de Eugène Ionesco, mostrando através do pensamento de massa a ascensão de um governo fascista. Como referenciais teóricos são usados o estudo de José Ortega y Gasset, que abordará a sociedade de massa moderna, em especial em como o pensamento coletivo constrói o “homem-massa”; o estudo sobre o teatro do absurdo, de Martin Esslin, que visa demonstrar como a perda e a angústia do indivíduo pós-guerra afetaram estilística e textualmente o homem moderno; e os estudos sobre a modernidade, de Marshall Berman, que abordarão a forma como a modernidade afetou o indivíduo.