NARRATIVA, HISTÓRIA E IDENTIDADE
CONTRASTES ENTRE GAIBÉUS, DE ALVES REDOL, E TERRA MORTA, DE CASTRO SOROMENHO
Resumo
Pretende-se, neste artigo, realizar o cotejo dos romances Gaibéus (1939), de Alves Redol, e Terra Morta (1949), de Castro Soromenho, tendo em vista a proximidade de ambas as obras com uma “narrativa histórica”. Problematizar-se-ão os modelos analíticos tradicionais acerca da categoria ‘romance histórico’ a partir da crítica pós-colonial e pós-moderna, com especial ênfase nas propostas de Ashcroft (1989) Bhabha (2013), Brugioni (2019) e Hall (2020). Por fim, comparar-se-á a configuração das instâncias espaço-temporais nas obras, discutindo sua relação com a constituição identitária da subalternidade. Concluiu-se que, apesar das proximidades dos projetos estéticos de ambos os autores, constroem-se historicidades distintas, refletoras das especificidades histórico-materiais, análogas às dinâmicas entre o centro e a periferia do capital/colonialismo.

Todos os trabalhos publicados na REGRASP estão licenciados sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Isso significa que:
-
Qualquer pessoa pode copiar, distribuir, exibir, adaptar, remixar e até utilizar comercialmente os conteúdos publicados na revista;
-
Desde que sejam atribuídos os devidos créditos aos autores e à REGRASP como fonte original;
-
Não é exigida permissão adicional para reutilização, desde que respeitados os termos da licença.
Esta política está em conformidade com os princípios do acesso aberto, promovendo a ampla disseminação do conhecimento científico.